domingo, 29 de junho de 2014

Jardim Paradisíaco




LÉO ARTESE

Dizem muitas tradições que o ser humano nos primórdios, podiam se comunicar com animais e que havia um estado de confiança e amizade entre o homem e a fera. Algumas lendas judaicas afirmam que em todos os sentidos o mundo animal tinha uma relação com Adão diferente da relação que tinha com seus descendentes. Não somente conhecia a linguagem do homem, mas também respeitava a imagem de Deus, e tinha medo do primeiro casal humano, e tudo isso mudou para o seu contrário depois da queda do homem.

Conta-se que no Jardim do Éden, Adão e Eva falavam a linguagem dos animais e viviam em harmonia com seus instintos. Mais tarde, Noé tornou-se o protótipo da figura salvadora, salvando o mundo animado. Noé solta uma pomba da arca dos bichos, e na volta, traz no bico um ramo de oliveira, símbolo perene da paz juntamente com o arco-
íris, estabelecendo uma nova aliança entre Deus e o homem.

O mito do jardim paradisíaco, ou mesmo da arca da salvação, mostra-nos uma espécie de ecologia espiritual, uma inevitável relação e responsabilidade para com o mundo dos animais. Tudo o que o homem faz atualmente com os animais, é reflexo da condição de nosso estado decaído, que substitui as maravilhas do Éden, onde animais e pessoas viviam em harmonia no paraíso.

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