quinta-feira, 1 de maio de 2014

OS ESTRANHOS PODERES DOS XAMÃS



Texto extraído do Time-Life - Poderes da Mente


Atualmente, a suposição de que há poderes misteriosos tende a ser vista com uma boa dose de ceticismo. Muitas culturas, porém, aceitam o contato com as forças sobrenaturais sem questioná-las.

Desde a aurora dos tempos, as sociedades tribais veneram indivíduos que supostamente possuem a capacidade de comunicar-se com espíritos e divindades.

Chamados profetas, curandeiros ou médicos - mas, de um modo mais amplo são conhecidos como xamãs.

Eles são requisitados para curar enfermidades físicas ou emocionais, obter alimento quando há fome, ajudar a encontrar objetos perdidos ou roubados, prever o futuro, controlar o tempo, trazer de volta almas fugitivas dos enfermos e guiar a dos mortos.

Em geral os xamãs entram em transe para tenta fazer contato com o mundo espiritual.

Para atingir esse estado alterado de consciência empregam meios semelhantes aos adotados em certos experimentos da moderna parapsicologia. às vezes meditam no isolamento ou se concentram nos sons rítmicos de tambores, cantos ou danças, outras jejuam ou usam plantas psicoativas.

Uma vez que a mente e o copro rendem-se ao transe, o xamã fica à vontade para visitar o mundo espiritual.

Muitas vêzes, dizem, através do vôo mágico. Lá o xamã recebe uma mensagem que pode vir sob a forma de uma canção, de uma oração ou de um ritual a ser executado; a mensagem também, pode vir como uma visão esclarecedora sobre a natureza da vida.

Em raras ocasiões, os xamãs tentaram descrever, através de palavras e imagens, algumas das mensagens frequentemente inefáveis que receberam durante suas odisseias mentais no mundo dos espíritos.

Quando o explorador dinamarquês Knud Rasmussem chegou à região ártica da América do Norte em 1921 para estudar os esquimós iglulik, encontrou uma cultura que girava quase que exclusivamente em torno de uma multidão de seres invisíveis. Além dos espíritos que habitavam cada pessoa, animal e objeto havia aqueles não especificados, responsáveis por acontecimentos aparentemente inexplicáveis, como a doença e o tempo ruim. Anarqâq, um xamã, auxiliou-o evocando seres. Rasmussem ficou sabendo que havia espíritos bondosos e prestativos, outros agressivos e maldosos, e outros decididamente maus. A comunidade inteira procurva manter os maus espíritos ao largo através de rituais e tabus, mas só os xamãs tinham o poder de baní-los por completo.

Enquanto xamã, Anarqâq era ajudado por espíritos benfazejos, que entravam em seu corpo, ou simplesmente chamavam-no Ao responder, o xamã absorvia os poderes deles. Muitos espíritos bons faziam sua primeira aparição sob a forma de monstros ou animais ferozes que deviam ser conquistados ou subjulgados, mas ao conquistar sua boa vontade, mostravam uma lealdade sem limite.

Para Anarqâc, o espírito Igtuk era responsável pelos estrondos que às vezes se ouviam vindos das montanhas articas. Na descrição do xamã, Igtuk tinha apenas um grande olho, situado entre os braços. Sua boca imensa abria-se para um abismo negro e seu queixo era coberto por pêlos espessos.

Anarqâq contou que pouco depois de seus pais morrerem, um espírito melancólico chamado Issiotôq, ou Olho Gigante, apareceu. " Não tenha medo de mim", disse o espírito, "pois eu também me debato com pensamentos tristes. Assim, ficarei a seu lado para ser seu espírito benfazejo. " Issitôq tinha um `pêlo curto e eriçado, braços extremamente compridos e uma boca vertical com um dente longo e dois curtos; ele ajudava Anarqâq a encontrar aqueles que infringiam os tabus da tribo.

Anarqâq teve uma visão num dia de primavera. Um espírito feminino chamado Qungiaruvlik tentava roubar uma criança escondendo-a em sua parka. Não houve tempo, porém, para ela conseguir o que queria: dois espíritos benfazejos bem armados salvaram a criança e mataram a sequestradora.

Kigutilik, um dos muitos espíritos que Anarqâq afirmava ter encontrado em suas caçadas, era um ser monstruoso, do tamanho de um urso. Com um rugido, Kigutilik surgira de um buraco no gelo, assustando Anarqâq, que caçava focas. De medo, o xamã fugiu sem se entender com o espírito.

Certo dia caçando caribus, Anarqâq deu de cara com esse espírito rotundo, chamado Nârtôq. Ao ver Anarqâq o espírito investiu como se quisesse atacá-lo, mas quando o xamã se preparou para a defesa, ele sumiu. Mais tarde, Nârtôk voltou e disse a Anarqâq que se ele aprendesse a controlar seu temperamento esquentado, Nârtôq passaria a ser seu espírito benfazejo.Texto extraído do Time-Life - Poderes da Mente


Atualmente, a suposição de que há poderes misteriosos tende a ser vista com uma boa dose de ceticismo. Muitas culturas, porém, aceitam o contato com as forças sobrenaturais sem questioná-las.

Desde a aurora dos tempos, as sociedades tribais veneram indivíduos que supostamente possuem a capacidade de comunicar-se com espíritos e divindades.

Chamados profetas, curandeiros ou médicos - mas, de um modo mais amplo são conhecidos como xamãs.

Eles são requisitados para curar enfermidades físicas ou emocionais, obter alimento quando há fome, ajudar a encontrar objetos perdidos ou roubados, prever o futuro, controlar o tempo, trazer de volta almas fugitivas dos enfermos e guiar a dos mortos.

Em geral os xamãs entram em transe para tenta fazer contato com o mundo espiritual.

Para atingir esse estado alterado de consciência empregam meios semelhantes aos adotados em certos experimentos da moderna parapsicologia. às vezes meditam no isolamento ou se concentram nos sons rítmicos de tambores, cantos ou danças, outras jejuam ou usam plantas psicoativas.

Uma vez que a mente e o copro rendem-se ao transe, o xamã fica à vontade para visitar o mundo espiritual.

Muitas vêzes, dizem, através do vôo mágico. Lá o xamã recebe uma mensagem que pode vir sob a forma de uma canção, de uma oração ou de um ritual a ser executado; a mensagem também, pode vir como uma visão esclarecedora sobre a natureza da vida.

Em raras ocasiões, os xamãs tentaram descrever, através de palavras e imagens, algumas das mensagens frequentemente inefáveis que receberam durante suas odisseias mentais no mundo dos espíritos.

Quando o explorador dinamarquês Knud Rasmussem chegou à região ártica da América do Norte em 1921 para estudar os esquimós iglulik, encontrou uma cultura que girava quase que exclusivamente em torno de uma multidão de seres invisíveis. Além dos espíritos que habitavam cada pessoa, animal e objeto havia aqueles não especificados, responsáveis por acontecimentos aparentemente inexplicáveis, como a doença e o tempo ruim. Anarqâq, um xamã, auxiliou-o evocando seres. Rasmussem ficou sabendo que havia espíritos bondosos e prestativos, outros agressivos e maldosos, e outros decididamente maus. A comunidade inteira procurva manter os maus espíritos ao largo através de rituais e tabus, mas só os xamãs tinham o poder de baní-los por completo.

Enquanto xamã, Anarqâq era ajudado por espíritos benfazejos, que entravam em seu corpo, ou simplesmente chamavam-no Ao responder, o xamã absorvia os poderes deles. Muitos espíritos bons faziam sua primeira aparição sob a forma de monstros ou animais ferozes que deviam ser conquistados ou subjulgados, mas ao conquistar sua boa vontade, mostravam uma lealdade sem limite.

Para Anarqâc, o espírito Igtuk era responsável pelos estrondos que às vezes se ouviam vindos das montanhas articas. Na descrição do xamã, Igtuk tinha apenas um grande olho, situado entre os braços. Sua boca imensa abria-se para um abismo negro e seu queixo era coberto por pêlos espessos.

Anarqâq contou que pouco depois de seus pais morrerem, um espírito melancólico chamado Issiotôq, ou Olho Gigante, apareceu. " Não tenha medo de mim", disse o espírito, "pois eu também me debato com pensamentos tristes. Assim, ficarei a seu lado para ser seu espírito benfazejo. " Issitôq tinha um `pêlo curto e eriçado, braços extremamente compridos e uma boca vertical com um dente longo e dois curtos; ele ajudava Anarqâq a encontrar aqueles que infringiam os tabus da tribo.

Anarqâq teve uma visão num dia de primavera. Um espírito feminino chamado Qungiaruvlik tentava roubar uma criança escondendo-a em sua parka. Não houve tempo, porém, para ela conseguir o que queria: dois espíritos benfazejos bem armados salvaram a criança e mataram a sequestradora.

Kigutilik, um dos muitos espíritos que Anarqâq afirmava ter encontrado em suas caçadas, era um ser monstruoso, do tamanho de um urso. Com um rugido, Kigutilik surgira de um buraco no gelo, assustando Anarqâq, que caçava focas. De medo, o xamã fugiu sem se entender com o espírito.

Certo dia caçando caribus, Anarqâq deu de cara com esse espírito rotundo, chamado Nârtôq. Ao ver Anarqâq o espírito investiu como se quisesse atacá-lo, mas quando o xamã se preparou para a defesa, ele sumiu. Mais tarde, Nârtôk voltou e disse a Anarqâq que se ele aprendesse a controlar seu temperamento esquentado, Nârtôq passaria a ser seu espírito benfazejo.





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