Tempos atrás, o caminho do xamã era praticado exclusivamente por caçadores e coletores, a fim de encontrar comida e outros recursos para suas bandas tribais. Eles realizaram isto para atingir estados ampliados de consciência no qual poderiam se conectar com os espíritos dos animais. Conectando-se com os espíritos obtinham a permissão correta para fazer as coisas. Nas culturas tradicionais, poucas pessoas, em uma comunidade, foram capazes de passar pelo papel de xamã para acionar forças transpessoais, com quem eles se relacionavam, para dar sustento, apoio, orientação e cura.
Em comparação, hoje vemos uma ampla gama de pessoas que integram práticas xamânicas em suas vidas. Mais e mais pessoas do mundo de hoje estão começando a perceber que o caminho da revelação direta nos põe em relação com os mundos de coisas escondidas, através do qual podemos aprender que tudo o que existe está vivo e tem um espírito (e voz) e que existe um campo de energia que nos liga a toda a vida. Esta consciência da interconexão é compartilhada pelos xamãs tribais de uma extremidade do continuum humano e pelos físicos quânticos e zen-budistas em outra.
No mundo ocidental de hoje, a nossa cultura é muito definida por um sentido penetrante de medo, competição, separação e alienação, e um número crescente de pessoas estão experimentando uma necessidade interna profunda de sentir, diretamente, uma conexão transpessoal com a rede da vida. As práticas visionárias do xamã nos trazem isso, despertando-nos, mais uma vez, para o conhecimento de que somos mais do que um corpo com um ego.
Muitos têm observado que somos realmente seres espirituais que habitam um corpo. Quando nos envolvemos com os espíritos compassivos diretamente, a cura e a ajuda que precisamos na vida tornam-se disponíveis para nós .
*Texto traduzido do livro Awakening to the Spirit World, por Sandra Ingerman e Hank Wesselman
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